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terça-feira, 11 de março de 2014

A FAMILIA KIETYKA NO BRASIL



O site contém as seguintes páginas:


No final de cada página tem o link para a próxima



1-APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
.
1-O PAPEL IMPORTANTE DO IMIGRANTE
Que diferença fizeram as decisões e as ações dos imigrantes para nós 130 depois?

2-RESUMO DA HISTÓRIA
Um resumo dos nomes de nossos antepassados imigrantes
A HISTÓRIA

3-O LUGAR ONDE FORAM MORAR - COLÔNIA MURICY
Como surgiu a Colônia Muricy?

 4-QUEM ERAM ELES?
Nossos pais imigrantes, seus nomes, casamentos e filhos.    

5-OS FILHOS DE IZIDORO: ANTÔNIO E ANNA 
O primeiro descendente nascido em terra Brasileira

7-OS FILHOS DE ANTONIO E ROSÁLIA – PAULINA, MARIA E LAURA.
Os três primeiros filhos e filhas de Antônio, seus casamentos e filhos

8- OS FILHOS DE ANTONIO E ROSALIA:  LUIZ E JOÃO
Dois filhos de Antônio, um carioca, outro curitibano, seus casamentos, seus filhos.

9-OS FILHOS: PAULO, JOSÉ, WENCESLAU, PEDRO, . . .
Casamentos, filhos de Paulo, josé. . .

10-O FILHO DE IZIDORO: JAN KIELTYKA.
O irmão de Antônio e Anna
FORAM PARA MALLET

11-OS FILHOS JAN KIELTYKA.  O irmão de Antônio e Anna
 ESTANISLAU (1894), ESTEFANO, FRANCISCO, TEKLA, KAROULKA, EVA E ADÃO.
12-OS FILHOS ESTANISLAU - FILHO DE JAN KIELTYKA

13-OS FILHOS ESTEFANO - FILHO DE JAN KIELTYKA
O Homem de 21 filhos
14-KIELTYKA – MIGRANTES PARA OS EUA
Imigrantes poloneses que nos fins de 1800 deixaram Polônia e foram para os Estados Unidos.

15- KIELTYKA – EM TODO MUNDO
 Imigrantes Polonêses em outros países, incluindo Polônia


16-SITUAÇÃO  NA POLÔNIA ANTES DA EMIGRAÇÃO

17-MEMÓRIAS E PERIPÉCIAS
Nos lembre de coisas boas que aconteceram com nossa família no passado.

18-FOTOS ANTIGAS
Voce gostaria de compartilhar fotos antigas com primos e tios?
FOTOS DE ANTONIO E SEUS DESCENDENTES

19-FOTOS ANTIGAS
Voce gostaria de compartilhar fotos antigas com primos e tios?
FOTOS DE JAN E SEUS DESCENDENTES

20-O LADO TRISTE DA IMIGRAÇÃO
Qual foi a situação real dos aqui chegandos?
O LADO TRISTE


21-CARTAS DOS IMIGRANTES
São as cartas escritas pelos que estavam aqui para seus familiares que ficaram lá.
CARTAS DOS IMIGRANTES
.
22-A HISTÓRIA CONTADA POR ALGUÉM QUE ESTEVE AQUI EM 1892
Jornalista veio junto com imigrantes e narrou a situação da época.
A HISTÓRIA DE 1º MÃO - PARTE I

23-A HISTÓRIA CONTADA POR ALGUÉM QUE ESTEVE AQUI EM 1892 
Curitiba, Foz do Iguaçu, Joinville, Desterro em 1892.
A HISTÓRIA DE 1º MÃO - PARTE II


24-A HISTÓRIA CONTADA POR ALGUÉM QUE ESTEVE AQUI EM 1892 
Curitiba, Foz do Iguaçu, Joinville, Desterro em 1892.
A HISTÓRIA DE 1º MÃO - PARTE III

segunda-feira, 5 de março de 2012

APRESENTAÇÃO



FAMÍLIA KIELTYKA NO BRASIL                                      
                                                                                                                    


Este site é de interesse para famílias que tiveram origem nos imigrantes que chegaram ao Brasil.

 Interessará se você for 

KIELTYKA, KIEUTEKA, KIENTECA, KIOTEKA . . .




A pronúncia é KI-EŁ-TY-KA   (KI-EU-TÊ-CA)
Todos esses sobrenomes aparentemente originaram-se de um homen proveniente da Polônia: Izidoro Kieltyka e sua esposa Mariana.

A história desse sobrenome foi reavivada especialmente depois da divulgação dos dados obtidos do acervo da Igreja da Colônia Murici, onde consta registros de nomes e datas dos que vieram a formar a Colônia a mais de cem anos atrás.(http://www.toczek.com.br/acervo/kieltyka.htm  
Gostaria de agradecer a familia Toczek, na pessoa de Acelino Toczek, por disponibilizar estes registros

Neste site, além destes registros valiosos, foram usados documentos antigos e a história contada pelos antigos.

Como pronunciar:

A letra polonesa "Ł" tem som de "U" em português e a letra "Y" tem som de "E" em português.
A pronúncia é KI-EŁ-TY-KA   
         (KI-EU-TÊ-CA)


O SIGNIFICADO DO NOME
Muitos sites apresentam o seguinte significado:
1-Polish (Kieltyka): nickname for Polish dialect kieltyka ‘swinger’, probably with reference to a peculiarity of gait.
Um apelido em um dialeto polonês e se refere a andar com um tipo de balanço peculiar.
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2- SOBRENOME: KIELT
Este sobrenome interessante é de origem escocesa, e é um nome de localização das terras de Kelt, perto de Denny, em Stirling, na Escócia. O nome deste lugar pode ser derivado da palavra "Keld" do nórdico antigo, também encontrado em "Threlkeld". Em alguns casos, o nome pode ser de origem Germanica, decorrente do germânico "Kelt", celtas, um apelido dado a um celta. O sobrenome também é encontrado como Kelt, Keld e Kield no idioma moderno. O nome aparece pela primeira vez num testemunho de um contrato de  arrendamento por Alexander, comentarista de “Inchaffray” em 1521, também em 1544 usado por Gauine, Arcebispo de Glasgow em 1544, de acordo com  "Documentos relativos à Abadia de Inchaffray ". 
Jane Harman Keld casou-se  com Edward em 04 de novembro de 1599 na Igreja de St. Dionis, Backchurch, em Londres.  Maria Lisabeth Kielt casou-se com Detrich Groene
em 17 outubro de 1693 em Falkenhagen, Lippe (Alemanha). Um Robert Keld aparece em Dunblane em 1669, enquanto Janet Kelt aparece em Whitefield em 1744, ambos na Escócia. 
Hugh Kielt casou-se com Mary McBride em 29 de outubro de 1861 em Shettleston, Lanark. Mas a primeira grafia registrada do nome de família aparece quando  Vilelmus Keth, escreve cartas, com  data de 1521, e outros documentos relativos à Abadia de Inchaffray, durante o reinado do Rei James V, rei da Escócia, nos anos 1513-1542.  http://www.surnamedb.com/Surname/Kielt#ixzz1qpr3l62Z


MAGDALENA KIELTYKA, que mora em um cidade perto de Londres nos escreveu:
"I've been trying to find out about my ancestors and I found some interesting information. For example: there used to be a land in Germany that was named 'Land of Kieltyka' (in translation) that used to belong to my ancestors".
"Eu tenho tentado saber mais sobre meus ancestrais e encontrei algumas informações interessantes. Por exemplo: Tinha um lugar na Alemanha, que foi chamado de 'Land of Kieltyka "(Terra dos Kieltyka), que pertencia aos meus antepassados".
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3-"O polonês especialista em sobrenomes, Prof Rymut Kazimierz fez  menção a Kieltyka em seu livro sobre  sobrenomes poloneses. Ele diz que vem da raiz kiełtać, "para cortarcom uma faca. "Eu não sei como isso chegou a ser nome de uma pessoa, e, aparentemente, que a raiz é  bastante arcaica ou então usado apenas em dialeto, porque não aparece em nenhum dos minhas outras fontes - mas eu confio que Rymut normalmente sabe das coisas deste tipo,  por isso estou inclinado a acreditar nesta explicação... Este nome aparece nos registros legais de Cracóvia, já em 1382. É estranho que essa raiz kiełt tenha gerado somente este sobrenome, sendo tão não antigo, não deixou outors traços na
linguagem, mas esse é o tipo de peculiaridade ímpar que faz das origens do nome algo tão interessante!A partir de 1990, havia 1.518 cidadãos poloneses nomeados Kieltyka, vivendo em praticamente todas as províncias da Polônia (pode haver mais pessoas com esse nome que  vivem na Ucrânia, mas não tenho dados sobre isso). As províncias com maior número foram: Katowice 233, Cracóvia 155, Krosno 133, e Tarnow 118 - a maioria no ul e sudeste da Polônia. A fonte destes dados é um banco de dados do governo, mas o livro que eu tenho só tem totais para todos da Polônia, em seguida, para cada província. Em outras palavras, eu não tenho acesso a mais detalhes, tais como primeiros nomes ou endereços; o órgão do governo polonês que executa esse banco de dados não permite quepesquisadores tenham acesso a tais informações. Então o que eu te dei aqui é tudo o que posso conseguir.

O site sobre a origem do nosso nome  realmente me surpreende. Por que na verdade, a palavra "Kieltyka" não significa nada em polonês (é como Smith em Inglês, é só um sobrenome). No site de referência eles dizem que se refere a andar com um tipo de balanço peculiar, mas isto não existe nem de longe. Não sei de onde tiraram isto,  nunca tinha ouvido falar.


A minha conclusão pessoal é que o verdadeiro significado realmente não é assim tão importante. O que queremos saber é de onde veio ou como surgiu, e mais importante ainda, quem foram nossos antepassados, como viveram, por onde andaram. Existem inúmeros sobrenomes que perderam seus significados há muito. Sobrenome como "Machado, Pereira, Silva, Souza,  Oliveira, Branco, Serra". Nomes de ferramentas, de plantas, de lugares, ou de alguma característica pessoal de um indivíduo na história antiga foram anexados às famílias e acabaram ficando.
Mas é claro que o peso do sobrenome, a reputação, é outra coisa, pois deve ser preservada, defendida e mantida respeitada, assim também a história das pessoas que levaram tal nome através dos séculos.


Nilson Fernando Kieuteka





1-O PAPEL IMPORTANTE DO IMIGRANTE
Que diferença fizeram as decisões e as ações dos imigrantes para nós 130 depois?

domingo, 4 de março de 2012

*O IMPORTANTE PAPEL DO IMIGRANTE

                          History of Poland - Shanghai Expo 2010 - (966-2010)



Ela é descrita muitas vezes como “Seio Familiar”. A famÍlia quase sempre é o lugar onde gostaríamos de estar. É para onde queremos ir depois de uma viagem, do trabalho ou de uma diversão. È chamada de ‘seio’ por que lembra a quase todos os seres humanos o seio da mãe, ou a proteção que ela forneceu um dia. Primeiro ela proveu um lugarzinho para o desenvolvimento da criança no interior de sua barriga. Depois cuidou de seu bebê, gastando muitos horas com ele na colo, fornecendo segurança, alimento e aprendizado.

 Na Declaração dos direitos da criança, da ONU, está a seguinte expressão:
"Reconhecimento que a criança, para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua
personalidade, necessita de crescer no seio de uma família, em um ambiente de felicidade, amor e compreensão."
Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança, Preâmbulo

É no seio da família que a pessoa desenvolve e completa o ciclo de socialização; por ele aprende a adquirir os valores sociais e a navegar entre as diferenças de comportamento.
É no seio familiar que se faz a transmissão de valores, costumes e tradições entre gerações.

O que é ‘família’?

. É um grupo de pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimônio ou adoção. Nesse sentido o termo confunde-se com clã. Dentro de uma família existe sempre algum grau de parentesco. Membros de uma família costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos ascendentes diretos. A família é unida por múltiplos laços capazes de manter os membros moralmente, materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante as gerações.
Para SERRA (1999), a família tem como função primordial a de proteção, tendo sobretudo, potencialidades para dar apoio emocional para a resolução de problemas e conflitos, podendo formar uma barreira defensiva contra agressões externas. FALLON [et al.] (cit. por Idem) reforça ainda que, a família ajuda a manter a saúde física e mental do indivíduo, por constituir o maior recurso natural para lidar com situações potenciadoras de stress associadas à vida na comunidade.
Deste modo, “(...) a família constitui o primeiro, o mais fundante e o mais importante grupo social de toda a pessoa, bem como o seu quadro de referência, estabelecido através das relações e identificações que a criança criou durante o desenvolvimento” (VARA, 1996; p. 8), tornando-a na matriz da identidade.

E não é verdade que as peripécias, as brincadeiras, os acontecimentos mais marcantes de nossas vidas ocorreram quando éramos crianças? A maioria delas junto ao seio familiar. Outras muitas peripécias podem ter acontecidos com a companhia de tios e primos, quando nossos pais iam visitar nossos tios e tias e a criançada ia junto.

Isto certamente não é alguma coisa nova. As peripécias, as divertidas brincadeiras poderiam ser só em lugares diferentes, em situações diferentes. Por exemplo, como brincavam as crianças que viviam na Polônia na metade do século dezenove (1850)?


Os imigrantes poloneses começaram a vir para o Brasil em 1869, depois em 1872. No Navio Paschoal que aportou em Paranaguá em 1878 havia muitos adultos poloneses, mas havia muitas crianças pequenas, com menos de dez anos. Como brincavam no navio, numa viagem que poderia duram até uns quarenta dias? A visão infantil certamente era muitíssimo diferente da visão doas adultos. Elas sabiam que estava indo para um lugar que era o paraíso, como diziam seus pais, e como de fato esperavam seus pais. Teriam terra para plantar, casa para morar, uma nova pátria para viver.

Aquelas crianças viveram dias difíceis depois da chegada, pois suas famÍlias subiram a serra do mar (100 Km) até CuritIba em carroças. Brincavam, mas certamente passaram maus bocados. Depois de chegarem em Curitiba,  foram encaminhados para um lugar que seria chamado Colônia Muricy.

Agora teriam que observar seus pais cortando mato, derrubando árvores gigantes que seus pais nunca tinham visto na vida, Araucárias, para construir casas. Mas o clima não era frio como era na Polônia. Certamente havia dias em que seus pais brincavam com elas, mas podiam sentir em suas mãos os calos produzidos pelo árduo trabalho de limpar o solo, plantar e colher o alimento.Seus pais aprenderam a lidar com tudo diferente, aprenderam a ver a metereologia com seus olhos, as épocas de plantio e colheita. Desenvolveram ferramentas e máquinas para trabalhar.

A vida passou e chegou o tempo em que as mesmas crianças tinham suas familias e precisavam cuidar de seus pais idosos.
Hoje, estas crianças já faleceram. Viveram uma vida plena, muitos 80, 90 e até 100 anos. Numa terra boa. Aliás eles mudaram o modo de viver de toda região e pode-se dizer que, junto com imigrantes de outras nações, mudaram o rumo do país inteiro.

Pense, uma criança cresce, casa, tem filhos, seus filhos tem filhos e já estamos vivendo a sexta ou sétima geração depois que chegaram nossos ancestrais. E poucos casais se tornaram milhares de descendentes.
 Porque uma casal com filhos em uma moradia confortável é chamada de “seio familiar”. Foi o que nossos primeiros pais imigrantes procuravam, um lugar para que eles, e especialmente seus filhos e descendentes tivessem a possibilidade de serem felizes.

Imagine, muitos ‘Kieltyka’ permaneceram na polônia. A polônia estava no foco de disputas territoriais pelas nações vizinhas, estavam sob jugo opressor deles por muitos séculos. Também, a Polônia ficou no foco de duas guerras mundiais.
 Na lista dos que foram mortos em  Aushwitz aparece este nome Kieltyka. No fim da guerra, em pobreza total e traumas emocionais, nossos parentes foram encaminhados para outros países como Austrália, o que foi excelente para seus descendentes. Muitos outros permaneceram e seus descendentes estão até hoje, na  Polônia e em países vizinhos.

Nossos pais imigrantes merecem nosso respeito. Pelo que sofreram, pela decisão acertada (para nossa felicidade hoje). Pela coragem. Mulheres grávidas, com bebês no colo, sem saber o destino, sem poder voltar. Pelo trabalho árduo de preparar novo lugar, nova vila, novas casas, novos móveis, novas roupas, alimentos, . . .  
Mas, na verdade, nós nem sabemos seus nomes direito!!!

Graças ao apego ao "seio familiar", estas famílias mantiveram um núcleo de proteção, juntos enfrentaram tudo. Ao ver o nome de cada um deles, lembre-se de que se trata de muito mais do que um nome de alguém que já se foi. Cada um deles foi uma pessoa especial para alguém que viveu perto. Especial para membros de sua família, importante para parentes, amigos e para a sociedade. Importantes para a nossa existência, mesmo que nem tenhamos conhecido e talvez sequer saibamos seu nome . . .

Este site não é só para tomarmos conhecimento de nomes de antepassados, ou conhecer nosso primos.
É para que possamos entender melhor tudo o que está envolvido na palavra “Imigrantes”.
O que passaram e que bem fizeram a nós até hoje.

Tenho forte impressão que isto nos dará razões para,  não importa que situação estejamos na vida,  nos sentirmos felizes com o que temos, muito ou pouco, de vivermos num país livre, onde podemos trabalhar e receber as recompensas disto. Um lugar onde poderemos zelar pelos nossos filhos, e netos, e os filhos depois deles.

Os “Imigrantes” aqui citados se referem aos ‘Kieltyka’, mas também aos ‘Toczek’, Majczak, aos ‘Jekot’, aos ‘Catapan’, aos ‘Haluch’ e todas as famílias polonesas que enfrentaram com coragem tudo o que faz o significado da palavra Imigrante.

Nilson Fernando Kieuteka



referências



Em 1795 o território polonês foi invadido, ocupado e desmembrado entre Prússia, Rússia e Áustria. A Polônia está riscada do mapa das nações independentes.
Após a famosa batalha de Leipzig (1813), em que os prussianos e seus aliados: austríacos, russos e suecos, destroçaram o aguerrido exército de Napoleão Bonaparte, a Prússia tornou-se uma das mais importantes potências da Europa. O rei prussiano, Frederico Guilherme III, no desejo de manter a paz e a ordem dentro dos limites do seu reino, quis governar com brandura o anexado território polonês. Criou-se, pois, o “Grande Ducado de Posnânia”, outogrando-lhes direitos de certa autonomia. Permitiu o uso da língua polonesa e o funcionamento das escolas polonesas. Essa trégua, porém, teve efêmera duração. Em conseqüência dos malogrados levantes de 1830, 1848 e 1863, os poloneses perderam sua relativa autonomia (10).
O domínio do reino prussiano, do lado oriental, abrangia, em 1863, a região polonesa de Posnânia, Pomerânia e parte da Silésia. Tencionavam os prussianos incorporar, definitivamente, ao seu território toda aquela região, que durantes muitos séculos tinha sido parte integrante da Polônia. Para alcançarem tal objetivo, precisavam, antes de tudo, germanizar os seus súditos poloneses. A tarefa da assimilação de aproximadamente 4 milhões de indômitos poloneses exigia um processo metódico e a longo prazo. Em plano prioritário, foi criada a tal “Comissão Colonizadora”, cuja meta principal era obrigar os poloneses, a venderem suas propriedades aos prussianos. A seguir, organizou-se a chamada “luta agrária”, com a finalidade de arrancar das mãos de proprietários poloneses as terras que eles vinham ocupando desde tempos imemoriais. As terras eram confiscadas aos agricultores que se obstinassem a não vendê-las. Com base nessa lei desumana, os agricultores eram esbulhados das suas terras e casas, e substituídos por intrusos lavradores prussianos. Banidos das suas propriedades, os poloneses tinham a proibição de construir novas residências sem a prévia licença das autoridades prussianas (8).

O processo de germanização dos poloneses por parte dos prussianos recrudesceu com o lançamento do malfadado “Kulturkampf” do autoritário chancelar Otto Von Bismarck. Na década de 1870 foi, severamente, proibido o uso da língua polonesa nas escolas, nas igrejas, nas repartições públicas e em todos os atos oficiais. Ademais, aos poloneses foi interditado o acesso a qualquer cargo público. Os prussianos empenharam-se, ainda, em germanizar os nomes poloneses de cidades, vilas, aldeias, praças, ruas, lagos, montanhas,…
De 1875 a 1900, mais de 20 mil emigrantes poloneses deixaram o território prussiano com destino aos países norte e sul americanos. Esse número, porém, foi aumentando até o começo da primeira guerra mundial. Nos países de destino, os poloneses eram registrados não como imigrantes poloneses, mas como prussianos. (http://www.danusia.com.br/1875-razoes-para-sair-da-polonia/)

Nada menos do que 40 mil poloneses lá chegaram entre 1870 e 1914, fazendo do Paraná o estado que mais recebeu imigrantes desse grupo.

 

próxima:
 2-RESUMO DA HISTÓRIA
Um resumo dos nomes dos imigrantes

*RESUMO DA HISTORIA



No dia 06 de junho de 1878 chegaram 60 colonos procedentes da Galícia (região de Gorlice, Malopolska e Podkarpacie ) e Prússia Ocidental (região de Starogard, atual município de Gdansk). Os novos imigrantes chegaram com o navio inglês Paschoal, em Paranaguá. Foram transladados para outro barco, no qual atracaram no Porto de Antonina, de onde vieram em carroças até o planalto curitibano.http://www.ui.jor.br/polaco7.htm
* Gorlice, Malopolska e Podkarpacie - sul da Polônia, quase divisa com Eslováquia e Ucrânia
Gdansk - Norte da polônia - 50 km do Mar Mediterrâneo

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Na mesma época que saíram da Polônia os ‘Kieltyka’ que vieram ao Brasil, também foram para os E.U.A., e lá existem centenas de descendentes espalhados por diversas partes do país.
Outros foram para a Escócia.
Em 1949, depois da 2ª Guerra Mundial, vários Kieltyka que sofreram na guerra e após a guerra foram encaminhados para a Autrália.
No navio Paschoal estavam Izidoro Kieltyka com 48 anos de idade  (filho de Miguel Kieltyka e Sophia) com sua esposa grávida Marianna Duran, com a filha (Anna) de uns dez anos de idade e o filho Jan de uns quatro anos de idade.

Estavam também neste navio:
A familia Haluch:
1:  Franciszek Haluch, 
nascido na Polônia em 1811, casado com Johanna/Maria Maczuga e com seus filhos Jakób, Jędrzej e Jan. 
2:  Józef Haluch, 
casado com Tekla ..., e seu filho Jakób.  
3:  Piotr Haluch, 
nascido na Polônia em 1862, casado com Anna Szara.

A familia Majczak: 
Alexandre e Antonia Jasienski

A familia Toczek, a familia JĘKOT e outras.

A familia Kieltyka:

Izidoro Kieltyka com sua espôsa, uma filha de uns dez anos de idade, um menino de uns quatro anos e um bebê que acabara de nascer.
Oito anos após chegada, faleceu Izidoro (1886) com 56 anos de idade.
Dez anos depois, a menina, filha de Izidoro, casou-se com Joao Haluch, filho de Francisco Haluch e Mariana (SZWAŃSKA).
João e Anna Haluch, filha de Izidoro e Marianna tiveram um filho em 1901, que casou em 1934 com ESTANISLAVA MAGUNS. Tiveram uma filha, Edewiges, em 1906 e outra Sofia, em 1908. Quer saber sobre a Anna?
Antonio nasceu no navio em 1878 e foi registrado no Brasil na ano seguinte.
Casou em 1906, aos 18 anos de idade com Rosália Haluch, filha de Pedro (Piotr)  Haluch e Anna Czary.
Antonio e Rosalia tiveram uma duzia de filhos:
Paulina, que casou com Nicodemos Majczak, filho de Alexandre Majczak, que veio no Navio com 7 anos de idade
Maria (1910) que casou com Floriano JĘKOT (O pai dele estava no navio)
Laura (1912)
Paulo
(1914) que casou com Anna dos Santos
Joao
que casou com Zulmira Bortolini
Pedro
que casou com Adelaide e foi morar em Paranaguá
José
que casou com Geni
Helena
Luiz que foi embora para o Rio de Janeiro servir o exército e se casou
com Adelaide
Salomé (Salca) que casou com Luiz Catapan
Anna que não casou e devido a problemas de saúde foi internada
Miescelau (mietcho)
Osfilhos e netos desta dúzia  estão a maioria em Curitiba,  em outras cidades do Paraná (Paranaguá) em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Brasilia, em Santa Catarina, etc.
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Informações coletadas por Fernando Kieuteka.




DESVENDANDO MISTÉRIOS:  
O CÓDIGO KIELTYKA
Quem era Jan kieltyka?  
Por onde andou o filho de Isidoro, irmão de Anna e de Antônio?

próxima:
3-PARA ONDE FORAM MORAR
Como surgiu a colônia