sábado, 3 de março de 2012

*MEMÓRIAS E PERIPÉCIAS

Você lembra de coisas "interessantes" sobre sua família, seus tios e primos, seus avós?
Tem muitas coisas que aconteceram com nossas famílias ou quando estávamos com parentes, que já esquecemos, mas que você não esqueceu. 
Que tal se você nos Lembrar disto depois de tantos anos?

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 Natanael Kieltyka - Caso esse seja meu bisavô, meu pai comentou que a sua primeira esposa faleceu quando houve um incendio no paiól e ela foi apagar, por ter dado a luz a pouco tempo, acabou vindo a falecer por complicações, vindo posteriormente a se casar com a mulher que cuidava das crianças, tendo com ela os demais filhos.





VEREADOR ANTONIO KIEUTEKA?

Vejam o documento que nos foi enviado por Luis Carlos Kieuteka.
Parece ser um Jornal, ou alguma brochura com data de 1923.
Descreve a vila, depois município de São José dos Pinhais, sua história, sua economia, seu povo. 
Neste parágrafo especificamente estão o Prefeito e os "camaristas" que compunham a 'camara' de vereadores do município. Quem é este Antônio Kieuteka?
Poderia ser algum descendente de Jan Kieltyka, irmão de Antônio? 
Não nos consta nada sobre Jan ter algum filho chamado Antônio. O primeiro filho de Jan nasceu por volta de 1894 e se chamava Estanislau. Poderia ser algum neto de Jan? Não pois os netos mais velhos de Jan teriam nascido por volta de 1920.
Antonio era filho de Izidoro Kieltyka, irmão de Anna e Jan. Este Antonio nasceu no navio na vinda da Polônia para o Brasil. Veja: http://kieltykabrasil.blogspot.com.br/2012/03/quem-eram-eles.html

Portanto, para quem não sabia, Antônio Kieuteka foi vereador de São José dos Pinhaes por volta de 1923.

Naquela época os Vereadores eram chamados de Camaristas (camarista camareiro real; fidalgo a serviço do rei; vereador municipal). 
http://cm-guarapuava.jusbrasil.com.br/politica/8596415/camara-comemora-hoje-159-anos-com-sessao-solene







Se você gosta de história, leia um pouco da história de Curitiba, contada por alguém que esteve uns cem anos atrás:
No espaço fechado pelo quadrado formado pela Rua das Flores, Riachuelo, do Comércio e Barão do Rio Branco com Deodoro e Garibaldi, havia apenas quatro casas, de frente para a Rua das Flores de de fundo para a Rua do Comércio. Todas essas casas pertenciam ao Dr.Laurindo, proprietário da vila do Portão. Os jardins — na realidade os pátios das casas cobertos de grama — estendiam-se até os campos úmidos, onde o gado pastava. A uma certa distância dali, na direção sul, estendia-se um espaço completamente vazio, sem nenhuma casa edificada, que alcançava as gargantas do Rio Iguaçu. A alguns metros a sudeste, via-se no meio do mato uma usina de erva-mate, pertencente a um tal Bittencourt. Mais uma outra, propriedade do cidadão Munhoz, encontrava-se ao pé da elevação Alto da Glória, onde também erguia-se o suntuoso e belo edifício do cidadão Fontana. Todos esses moinhos – fábricas eram acionados pela força das águas do rio Belém. Os jardins e as praças da atual rua Riachuelo e do Passeio Público eram naqueles tempos  prados vazios e pântanos, que de vês em quando eram alagados pelo rio Belém. Um dos cantos desse quadrado de ruas, que traçamos acima, era usado como depósito de cinza. Tratava-se de uma idéia de Leitner, que dessa forma conseguiu secar o terreno e construir nele o hotel. Na Rua das Flores havia já uma casa de pavimentos, propriedade do comerciante José Nabo. O outro edifício de pavimentos era o palácio presidencial. No ponto onde hoje a Rua Quinze de Novembro cruza com a Rua Dr.Murici (antiga Rua da Assembléia), a Rua das Flores estava separada por uma cerca. Se se quisesse ir adiante, era preciso voltar, dirigir-se pela Praça Zacarias e pela Rua Aquidaban, aí desviar o pântano, para finalmente sair nos vistosos Campos Gerais, como eram denominados pelos arrieiros de tropas de carga, que traziam para a cidade diversas mercadorias do interior do Estado.
Leia mais em:
http://www.polonesesnobrasil.com.br/Saporski/Livro/Saporski_anais.htm
Vá direto ao capítulo VII e VII.


O INICIO DA IMIGRAÇÃO

Precisamos lembrar que todo o planeta estava em convulsão, com pessoas migrando por todo lugar. No Paraná, especificamente, tinha pessoas vindo de diversas partes do globo, particularmente da Europa.  Por volta de 1850 o governo preparou condições para trazer imigrantes russos. "Realmente, o relatório dos componentes da comissao russa, Karl Hartmann, Jacob Muller e Gottfried Meier, revela que êles tiveram amigável acolhida dos governantes brasileiros, e particular assistência do presidente Lamenha Lins da Província do Paraná. Estes observadores, depois de percorrerem o sul do Brasil, escolheram terras de campo limpo em Ponta Grossa, Palmeira e Lapa para o estabelecimento de suas colônias e plantações de trigo". Mas um número acentuados destes, não se adaptando a cultura e clima da região pediram repatriamento e voltaram à Russia ou foram à Sibéria. Durante a segunda metade do século (1850-1899), a região fervilhava com a chegada de imigrantes, alemães, italianos, ucranianos, poloneses, e outros. (nota pessoal)


Em 1870 chegou a Curitiba, também de forma espontânea, o primeiro grupo de imigrantes poloneses. Nesse momento, a Polônia não existia como país independente. Seus territórios, desde fins do século XVIII, estavam divididos entre os impérios Austro-Húngaro, Russo e Prussiano. Essa partilha durou até as vésperas da Primeira Guerra Mundial, englobando assim o período mais importante da emigração polonesa para as Américas (EUA, Argentina e Brasil). As causas da emigração são bem conhecidas. Entre as mais importantes, temos a "fome" de terra, a miséria, as magras colheitas e o sonho de se tornar "proprietário rural", particularmente decisivo para aqueles que emigravam para a América do Sul.
Hempel (1973: 85) afirma que a chegada dos primeiros poloneses ao Brasil foi obra da Sociedade Colonizadora Pereira, Alves & Bendaszewski, igualmente responsável pela emigração de um incontável número de poloneses e alemães para os EUA. Esse primeiro grupo havia partido da região da Silésia (sob ocupação prussiana). A Prússia não colocava obstáculos à emigração e concedia passaporte aos que desejavam partir. Contudo, apesar dos pedidos nesse sentido, o governo imperial brasileiro se recusou a pagar os custos da viagem (400 francos por cabeça) alegando tratar-se de "imigração espontânea". Desembarcados no Brasil, e munidos de passaporte emitido pela Prússia, os poloneses foram imediatamente enviados às "zonas de colonização alemã", as colônias de Blumenau, Itajaí e Brusque, todas em Santa Catarina.
Foi Wós Saporski,6 imigrante polonês já radicado no Paraná, que tentou convencer esse grupo de poloneses a deixar Santa Catarina, onde mantinham relações tensas com os imigrantes alemães, e ir para Curitiba. Mas esse primeiro projeto fracassou, e apenas em 1871 um grupo de 78 poloneses (32 famílias), residentes em Santa Catarina havia já dois anos, decidiu partir para Curitiba, convencido pelo mesmo Saporski que, então, se havia tornado professor em uma escola da cidade. Nessa migração interna, o grupo enfrentou a resistência das autoridades catarinenses, que não desejavam ver "seus" imigrantes partirem, e do governo Imperial, para o qual pouco interessava a migração entre províncias. Mas, por outro lado, contou com o apoio do governo do Paraná, que custeou a viagem até Curitiba,7 enquanto a municipalidade, valendo-se de suas terras livres, se comprometia a vender lotes rurais em seus arredores. Os lotes, cuja área total era de 500 hectares, foram demarcados em novembro de 1871. Nasceu então a primeira colônia polonesa do Paraná, a colônia do Pilarzinho, hoje um bairro de Curitiba.http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-21862009000100012&script=sci_arttext


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11-FOTOS ANTIGAS
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